quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Santo imortalizado: Marcos aposenta camisa 12 e diz que corpo não resistiu

Diretoria encaminha pedido de eternizar o número ao departamento jurídico e 'Santo' cita Ronaldo ao falar das dores que vinha sentindo nos últimos tempos


O “Santo” se preparou por uma semana, mas não conseguiu segurar o choro. Nesta quarta-feira, Marcos se despediu do futebol, dos palmeirenses e de outros milhões de admiradores em uma coletiva que teve duração superior a uma hora. Logo nas primeiras palavras, a constatação: não dava mais para continuar jogando com as dores insuportáveis que sentia há anos. Por isso, Marcos teve de sair de cena nos gramados para entrar de vez na eternidade, como o ídolo mais humano, mais próximo do palmeirense em 97 anos de história do clube. Assista aos melhores momentos da coletiva.
– São 20 anos de Palmeiras e tenho dificuldade de estar aqui num momento como esse. Eu me preparei uma semana para estar aqui hoje falando sem chorar. Tive essa oportunidade de me tornar um jogador profissional e jogar no time que eu gostava. Agradecer a todos que jogaram comigo, a todos os treinadores. Cheguei onde cheguei não foi sozinho, foi com a ajuda dos meus familiares, mãe, finado pai, irmãos, mulher, filha... Queria agradecer a todos os meus amigos, jogadores, preparadores, principalmente o Carlos Pracidelli (preparador de goleiros), meu grande amigo nesses anos. Fui até onde dava para ir e parei na hora que tinha de parar.
A figura mais simpática do futebol brasileiro recebeu homenagens, ganhou um convite inusitado para participar da procissão a “São Marcos” e chorou ao lembrar do pai, Seu Ladislau, morto em 2008. Foi o único momento em que o ídolo desabou.
– Agora, a frequência com que vou visitar minha mãe em Oriente vai ser maior. Quando meu pai estava doente, tive muito pouco tempo para vê-lo. Não vi meu pai morrer porque estava concentrado para um jogo contra o Santos, mas agora quero aproveitar minha velhinha de 74 anos, que está mais forte do que eu. Quero aproveitar e ficar mais perto das pessoas de quem gosto. Meu pai deve estar muito feliz, porque uma coisa que ele sempre falava é que eu deveria ser um homem honrado.

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